Atualmente o Brasil está ficando conhecido pelos frequentes casos de corrupção, sendo divulgados diariamente. Constantemente somos informados de mais uma operação sendo deflagrada em que vários políticos, de diferentes esferas se encontrão envolvidos. O problema é que essas operações demoram a serem concluídas e muitas vezes os envolvidos ficam impunes, disputando novos cargos.

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      Em 2010, durante a campanha para deputado federal, o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, teria fraudado contas eleitorais e declarado à Justiça Eleitoral que tinha vendido uma casa para pagar sua campanha, mas isso nunca aconteceu, tanto é que Maranhão ainda mora na residência. Na eleição do ano de 2010 ele foi eleito e reeleito em 2014.

Conforme o advogado e professor do curso de direito de Universidade Regional de Blumenau (Furb), Rodrigo Fernando Novelli, o julgamento de um caso de corrupção demora devido a apuração da polícia, pois o crime vai dar repercussão nos meios de comunicação; pela pressão da mídia e pela própria administração para que o caso seja julgado. Dessa forma, os advogados podem questionar novidades que surgem anulando o processo e isso vai se arrastando por muito tempo, podendo fazer com que provas que eram boas no início do processo, não se tornem tão convincentes com o passar do tempo.

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      Atualmente, quando se fala em corrupção a maioria só vai se lembrar da Operação Lava Jato, pois ela está punindo todos os envolvidos e gera uma grande repercussão. Entretanto, para Novelli, o “Mensalão” foi precursor quando o assunto é julgar e condenar políticos de alto escalão envolvidos em um ato ilícito penal. Foi a partir deste processo que a população começou a perceber que muitos políticos não iriam mais ficar impunes.

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      Todos esses casos refletem em estudos como o da Transparência Internacional que faz um ranking analisando a percepção da corrupção. Na pesquisa divulgada no ano passado, o país perdeu sete posições e apareceu no 76º lugar de 168 países analisados. E os números não param por aí, durante o lançamento da campanha "10 Medidas contra a Corrupção", o procurador da República e chefe da força- tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol disse que são desviados dos cofres públicos cerca de R$ 200 bilhões por ano.

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      Apesar dos dados absurdos que são divulgados diariamente, a indignação nunca para; afinal comprova-se que envolvidos são reelegidos todas as eleições e sempre estão em cargos altos na sociedade. A cada dia que passa, analisamos um caso a mais esquecido ou que não tem solução e menos um corrupto na prisão. Essa tem sido a realidade do Brasil, apesar que para Novelli, isso poderia ser amenizado e melhorado: “Se fosse criada uma Vara, um juiz e um promotor específico somente para cuidar de corrupção, agilizaria o processo e melhoraria a situação do cidadão”.

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      Ainda segundo o advogado, se a população tem uma suspeita e uma prova sobre algum crime de corrupção, ela pode fazer uma denúncia anônima para o Ministério Público ou para a polícia. Além disso, são muito importantes as ferramentas para acompanhar os processos desse tipo, tanto online, quanto através da publicidade, para que a população saiba de quem cobrar e em quem votar em uma futura eleição.

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Por: Debaixo do Tapete